quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A ANTIQUADA


Fico pensando em como seria bom ter nascido no início do século XX. Ser mãe, dona de casa, dona DA casa, bordar, costurar, cozinhar, amar... Tudo isso perdeu o valor no século XXI. Pior, virou uma chaga proibida, quase uma doença, como se não fosse trabalho o bastante. As mulheres, naquela época, não paravam. Não eram dondocas e viviam atarefadas, tanto quanto hoje. A diferença é que cuidavam do que realmente importa. Hoje vivemos loucamente. Nos importamos com nossos filhos sim, mas de forma estranha. Quais cursos eles devem fazer para se destacarem no mundo? Quanto temos que ganhar para pagar tudo isto? Inglês, espanhol, futebol, natação...  Isto sem contar com nossa "neura" com a violência, com as drogas - lícitas e não lícitas... Acabamos por tocá-los pouco, abraçá-los menos ainda, não temos tempo para brincadeiras. Na maior parte deste tempo há pouca interação entre pais e filhos. Sei que faz parte da realidade atual... são muitas as exigências neste mundo globalizado e temos, necessariamente que  nos integrarmos à ela, sob pena de "ficarmos para trás". Mundo louco que, se não ficarmos atentos, nos afasta do que mais importa: estar e interagir com os que amamos... 

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