"Chame-os em particular para conversarem sobre a vida, acompanhados de um chazinho, sem muitas perguntas, apenas para falar da vida." Foi aí que surgiu a nossa "Cerimônia do Chá". Nas primeiras vezes de cada um, eles ficaram mais calados, ou falando abobrinhas, mas, com o tempo a coisa mudou e eram eles que me sinalizavam: "Mãe, hoje eu estou precisando da cerimônia do chá". E era tudo muito ensaiado, deixávamos que todos fossem se deitar e íamos, às escondidas para a copa, preparávamos o chá, nos assentávamos na mesa e assim, sem se darem conta, iam me contando seus receios, suas dúvidas, raivas, frustrações e medos. Eu também falava das minhas, para que vissem que sou um ser humano. Nos ajudávamos e eles me mostravam qual caminho seguir...
Esse tempo passou, mas ficou a deliciosa lembrança da cumplicidade entre nós. Até hoje, quando vou tomar chá, eu o sinto assim meio sagrado. Merecedor de uma cerimônia...
Um comentário:
Será que não dá certo agora? Com a Tainah até que fazemos algo parecido, no café, com torradas, geléia requeijão e outas coisinhas. Mas com o André... fica difícil! As vezes ele deixa escapar alguma coisa... nas entrelinhas.
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