sábado, 28 de agosto de 2010

Meu Anjo de Luz






foto retirada da internet
Um dia, eu vi um anjo...
Suas asas ultrapassavam os limites de seu corpo e ele irradiava luz.
Quando o vi, senti como se uma descarga elétrica passasse pelo meu corpo. 
Naquele momento eu fui, irremediavelmente conquistada . 
Como vivi tanto tempo sem aquele anjo ao meu lado?
Ele estava ali, mas eu não podia vê-lo. Mas sua energia já circulava em mim. Por isto a descarga elétrica...
Seria possível explicar o amor? Quando duas almas que se amam, se encontram, não existe dúvida, não existe medo. Apenas a certeza de que nada poderá separá-las... ainda que fisicamente distantes. 
Vivo assim, observando este anjo, com a certeza do encontro e a paz que somente é sentida quando sabemos quem somos. Eu sei quem sou. Eu sei quem é você. Isto me basta.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O TEMPO E AS BORBOLETAS

Houve um tempo em que uma menininha corria pela casa e brincava no jardim. Seus grandes olhos faziam descobertas, alimentavam sua alma com as novidades do seu mundo de menina. Minhocas, bonecas, panelinhas... e ela acreditava que "Papai Noel" existia e era ele quem trazia os presentes no Natal.


Houve um tempo em que uma menina espevitada corria pela casa e  brincava no jardim. Andava em muros, subia em árvores, queria "adoçar" o mundo das pessoas e tentou, literalmente fazê-lo, jogando açúcar no ar.


Houve um tempo em que uma mocinha corria pela casa e passeava no jardim. Olhava as borboletas e sonhava com o futuro quando seria ela quem sairia do casulo e se transformaria numa daquelas borboletas coloridas, ao lado de um "príncipe encantado" (sonho de todas as mocinhas do seu tempo).


Houve um tempo em que uma moça risonha e linda, andava pela casa e namorava no jardim... No seu próprio jardim! Corria atrás das suas crianças, plantava flores... margaridas... e admirava as flores do Ipê do seu próprio jardim.


Houve um tempo em que uma mulher cheia de vida, admirava sua casa e seu jardim, com margaridas e rosas... e borboletas no ar. Observava suas "crianças", agora adultas, construindo seus próprios castelos, lhe dando netos que a faziam voltar ao seu tempo de adoçar o mundo, adoçando suas vidas. E sonhava para eles uma vida feliz.


Há um tempo em que aquela menininha, que corria pela casa e brincava no jardim se transformou numa linda velhinha, amorosa e feliz. Ela anda pela casa e observa seu jardim. Já não toma tantas decisões, não precisa se preocupar com o futuro, pois o futuro já é o seu presente. E o meu presente é estar com ela, conviver com ela. Poder abraçá-la, beijá-la ou, simplesmente olhá-la sorrindo. 


Haverá um tempo em que serei eu esta velhinha...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A ANTIQUADA


Fico pensando em como seria bom ter nascido no início do século XX. Ser mãe, dona de casa, dona DA casa, bordar, costurar, cozinhar, amar... Tudo isso perdeu o valor no século XXI. Pior, virou uma chaga proibida, quase uma doença, como se não fosse trabalho o bastante. As mulheres, naquela época, não paravam. Não eram dondocas e viviam atarefadas, tanto quanto hoje. A diferença é que cuidavam do que realmente importa. Hoje vivemos loucamente. Nos importamos com nossos filhos sim, mas de forma estranha. Quais cursos eles devem fazer para se destacarem no mundo? Quanto temos que ganhar para pagar tudo isto? Inglês, espanhol, futebol, natação...  Isto sem contar com nossa "neura" com a violência, com as drogas - lícitas e não lícitas... Acabamos por tocá-los pouco, abraçá-los menos ainda, não temos tempo para brincadeiras. Na maior parte deste tempo há pouca interação entre pais e filhos. Sei que faz parte da realidade atual... são muitas as exigências neste mundo globalizado e temos, necessariamente que  nos integrarmos à ela, sob pena de "ficarmos para trás". Mundo louco que, se não ficarmos atentos, nos afasta do que mais importa: estar e interagir com os que amamos... 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Mito da Caverna de Platão

Todos os dias, ao acordar, sou sou saudada por três pequenos seres que, dizem, são irracionais. Eles me olham nos olhos, me sinalizam o que querem, brincam comigo, me cheiram, correm pela casa, enchem o dia de luz. São meus companheiros durante todo o tempo que estou em casa. Conheço cada uma das "palavras irracionais" que dizem. Sim, eles dizem. Conversam comigo e com qualquer outra pessoa. Basta ter sensibilidade para ouví-los e entendê-los. Suas atitudes (puro instinto?) me surpreendem todos os dias. Outro dia fechei a porta do quarto, deixando um deles para fora. Ele começou a miar, bater (isto mesmo!) na porta e, como nada disto surtiu o efeito que queria - que a porta fosse aberta - começou a colocar seus brinquedinhos (é, o ser irracional, que age por instinto, tem brinquedinhos) por debaixo da porta. Um canudinho de refrigerante mastigado,  um cotonete meio destruído, um papel de bala. Eu, vendo aquilo, comecei a rir e, claro, abri a porta para ele que, imediatamente veio até mim, me cheirou e se aconchegou em meus pés. Tudo por instinto, Claro! 
Então me lembrei de uma história essencial para se pensar A vida. Filosofia...





O Mito da Caverna de Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui. 

   

Platão ja tinha a teoria do homem das cavernas ,,,,, quem vira para a Luz sai da caverna ,,,, para poucos ,,,






Perguntando sobre como era criar uma obra de arte, Michelângelo respondeu: 
"Dentro da pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas tiro o excesso de mármore!.
No interior de cada um há uma linda obra de arte, a mais preciosa do Universo.
Seu grande desafio é retirar o excesso de mármore e completá-la.
Nós mesmos somos os artistas da nossa criação!
A grande realidade é que você é a pessoa que escolhe ser.
Diariamente você decide se continua como é ou se muda seu modo de ser.
"A mais expressiva glória do ser humano é poder participar de sua autocriação"
Estraído do livro "Além do que se Vê"